Moçambique prepara-se para introduzir um medicamento injectável inovador no combate ao HIV, com início previsto para Janeiro de 2026.
Objectivo central da iniciativa
O Governo anunciou a importação do Lenacapavir, um antirretroviral injectável de longa duração. Esta decisão foi comunicada pelo secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Sida (CNCS), Francisco Mbofana, durante o briefing semanal do Executivo liderado pela Primeira-Ministra Benvinda Levi.
Jogue no Placard e transforme os seus palpites em prémios reais.
Ao contrário dos medicamentos actuais, o Lenacapavir exige apenas duas administrações por ano. Assim, a nova fórmula oferece maior comodidade, sobretudo para pessoas com dificuldades em seguir o tratamento diário. Além disso, a agência reguladora dos Estados Unidos já aprovou o uso do medicamento.
Moçambique prevê distribuir o Lenacapavir a cerca de 30 a 40 mil cidadãos. No entanto, o custo por paciente ainda representa um desafio, situando-se entre 80 e 90 mil dólares. Para viabilizar o acesso, o país espera contar com apoio internacional.
Reações e expectativas
Várias organizações nacionais e internacionais, incluindo a USAID e agências da ONU, manifestaram apoio à introdução do novo tratamento. Elas reconhecem o Lenacapavir como uma solução eficaz e estratégica, sobretudo para populações de alto risco.
O CNCS destacou progressos recentes no combate ao HIV/Sida. Cerca de dois milhões de moçambicanos já recebem tratamento antirretroviral. Além disso, o país reforçou a prevenção da transmissão vertical, evitando que bebés nasçam com o vírus.
Actualmente, 88% das pessoas infectadas conhecem o seu estado serológico. Moçambique estima que 2,1 milhões de pessoas convivem com o vírus, incluindo 120 mil crianças.
Próximos passos e implicações
O país vai iniciar a distribuição do medicamento em 2026. Com isso, espera-se melhorar a adesão ao tratamento, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis. O Ministério da Saúde vai coordenar a implementação da medida com o apoio de parceiros estratégicos.
Especialistas consideram que a nova abordagem representa um avanço significativo. Além de simplificar a rotina do paciente, o Lenacapavir reforça a resposta nacional à epidemia. O Governo acredita que esta medida aproxima o país das metas de erradicação do HIV até 2030.
Nota editorial: Esta reportagem foi produzida com base em fontes oficiais. O Radar Info MZ acompanha os desenvolvimentos do sector da saúde com rigor e responsabilidade informativa.