Cidadão Apela à PRG e Denuncia Desvios nos Transportes Públicos
Um telespectador anónimo fez um apelo veemente através das redes sociais, denunciando alegados desvios de fundos públicos no setor dos transportes em Moçambique. A intervenção espontânea trouxe à tona críticas ao Governo e uma exigência direta de ação por parte da Procuradoria-Geral da República (PRG) e da Polícia de Investigação Criminal (SERNIC).
“Isso está exagerado”
Críticas à gestão de recursos públicos
Durante o seu depoimento, o cidadão expressou descontentamento com o que descreveu como uma má alocação de recursos. “Como é que o patrão viaja num trator e o empregado num carro de luxo?”, questionou. Além disso, reforçou que os gestores públicos devem adotar uma postura mais ética e transparente, pois “isso não está bom”.
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Desigualdade exposta
O telespectador criticou o contraste entre os que tomam decisões e a população comum. Por isso, denunciou que há uma inversão de prioridades. “Não somos patrões, mas tratam-nos como se não merecêssemos respeito”, lamentou.
Apelo à responsabilidade institucional
Presidente da República deve pronunciar-se
O interveniente considera urgente que as autoridades, incluindo o Presidente da República, venham ao público prestar esclarecimentos. Segundo ele, “o Presidente devia vir dizer: ‘sim, enganei-me’”. Assim, defendeu que o reconhecimento de erros é essencial para o desenvolvimento.
Importância do erro no processo de desenvolvimento
O cidadão destacou que errar faz parte da aprendizagem e da construção do país. No entanto, sublinhou que esses erros devem ser assumidos, e não ignorados.
Chamado à ação por parte da PRG
Investigação como resposta ao clamor popular
O telespectador dirigiu-se diretamente à PRG e à SERNIC, apelando para a investigação urgente do caso. De acordo com ele, “houve desvio de dinheiro” e é necessário que os órgãos de justiça ajam sem receio. Portanto, pediu uma atuação firme e imparcial.
Povo pronto a apoiar a justiça
“Se começarem a prender quem está a fazer coisa boa, o povo vai sair à rua para celebrar quem faz o certo.” Por isso, reiterou que as autoridades terão apoio popular se agirem com justiça e responsabilidade.
Justiça social e igualdade
Transparência no uso de fundos públicos
A crítica também se estendeu ao Ministério dos Transportes e Comunicações, acusado de má gestão de fundos públicos. “Esse dinheiro não é de empresários, é do Estado, é do povo”, denunciou. Assim, exigiu que haja uma auditoria rigorosa e pública.
Convite à investigação imediata
O cidadão exigiu que se investigue para onde foi o dinheiro destinado ao transporte público. Para ele, “amizade é uma coisa, trabalho é outra”. Portanto, apelou à separação entre relações pessoais e dever institucional.
Referência a Venâncio Mondlane e liberdade de expressão
Tratamento justo para opositores políticos
Durante o seu depoimento, o cidadão também mencionou o político Venâncio Mondlane. Segundo ele, Mondlane não deve ser rotulado como “terrorista”, mas como alguém que propõe mudanças no sistema. Além disso, defendeu o direito à expressão de ideias divergentes.
Reforço da liberdade de expressão
Ele reiterou que o povo está pronto para apoiar iniciativas de justiça e responsabilização. Embora existam riscos, sublinhou que a defesa do bem comum deve prevalecer sobre o medo.
Conclusão: um grito popular por justiça
Unidade e coragem cívica
O desabafo termina com uma chamada à coragem e à ação cívica. “O povo é muitos, não tenham medo. Lutamos por uma bandeira que represente todos.” Dessa forma, reforçou a urgência de uma governação mais justa e transparente. “Assim não pode continuar. Está exagerado.”