Greve de taxistas em Luanda gera caos, saques e confrontos com a polícia
A capital angolana, Luanda, mergulhou em uma onda de protestos, vandalismo e saques nesta segunda-feira (1), após o início de uma greve nacional de taxistas. A paralisação foi motivada pelo aumento do preço da gasolina subsidiada, que subiu de 300 para 400 kwanzas por litro.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram confrontos entre manifestantes e forças policiais. Além disso, imagens exibem lojas sendo saqueadas e barricadas incendiadas em diferentes bairros de Luanda. Um dos vídeos mais partilhados mostra um manifestante tentando atear fogo a um outdoor com a imagem do presidente João Lourenço.
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Autoridades condenam violência e destruição
O governo provincial de Luanda condenou os atos de vandalismo, classificando-os como “intimidações, ataques a viaturas e destruição de bens públicos e privados”. Por outro lado, nos bairros de Camama, manifestantes queimaram pneus e apedrejaram autocarros e carros particulares, segundo reportagens da imprensa local.
Protestos refletem crise económica e descontentamento social
No sábado anterior, cerca de 2.000 pessoas já haviam se manifestado contra o aumento dos combustíveis, dando continuidade a protestos de fim de semana anteriores. Enquanto isso, o reajuste dos preços ocorre num momento em que Angola tenta equilibrar os subsídios estatais com as pressões da crise económica.
Angola, segundo maior produtor de petróleo da África, enfrenta desafios económicos crescentes, como o aumento do custo de vida e o desemprego juvenil. Como resultado, para muitos angolanos, a greve e os protestos representam um grito de revolta contra anos de dificuldades e promessas não cumpridas.
O partido MPLA, no poder desde a independência em 1975, enfrenta agora pressão popular para agir rapidamente e restaurar a estabilidade social na capital.