Burkina Faso exige explicações por morte em prisão marfinense

Burkina Faso exige explicações após morte de influenciador em prisão da Costa do Marfim

O governo de Burkina Faso exigiu uma investigação completa sobre a morte do influenciador Alain Christophe Traore, conhecido como Alino Faso, que morreu numa prisão em Abidjan, na Costa do Marfim.

Desde janeiro, as autoridades marfinenses mantinham Alino Faso sob custódia por suspeita de espionagem e conluio com agentes de um Estado estrangeiro. Na última quinta-feira, encontraram-no sem vida na cela. Segundo o promotor Oumar Braman Kone, o homem de 44 anos usou lençóis para se enforcar e havia tentado cortar os pulsos antes disso. Além disso, um inquérito oficial sobre as circunstâncias foi iniciado.

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Burkina Faso acusa desprezo e cobra respostas

Na segunda-feira, o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Burkina Faso, Karamoko Jean-Marie Traore, convocou o encarregado de negócios da Costa do Marfim em Ouagadougou e exigiu esclarecimentos. “Queremos que toda a luz seja lançada sobre esta tragédia”, afirmou.

Além disso, ele criticou a ausência de comunicação oficial entre os governos. Segundo Traore, nem o Ministério das Relações Exteriores nem a embaixada burquinense receberam qualquer notificação sobre a morte. Como resultado, a família do influenciador soube do caso apenas 72 horas depois, pelas redes sociais e por um “curto comunicado”.

Cidadania burquinense e tensões diplomáticas

O ministro enfatizou que, como Alino Faso perdeu a nacionalidade marfinense, continua a ser cidadão burquinense. Por isso, o governo burquinense exige o repatriamento imediato do corpo. Além disso, ele acusou a Costa do Marfim de agir com desprezo e falta de cortesia institucional perante uma situação tão sensível.

Ligação com ciberativismo e vida em Abidjan

Alino Faso mantinha ligações com um grupo ciberativista influente de Burkina Faso. Após se mudar para Abidjan em 2021, abriu um restaurante e continuou a viajar regularmente para seu país de origem. Entretanto, ele permaneceu ativo nas redes sociais e manteve visibilidade pública.

O episódio intensificou as tensões diplomáticas entre Burkina Faso e a Costa do Marfim, dois países da África Ocidental que já enfrentam desentendimentos anteriores. Portanto, o governo burquinense vê o caso como mais um sinal de deterioração das relações bilaterais.

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