Ruanda e RDC reatam diálogo após acordo de paz mediado pelos EUA
Primeiro encontro define regras de supervisão e estrutura do comitê
Delegações da República Democrática do Congo (RDC) e de Ruanda retomaram o diálogo, após anos de tensão. Foi o primeiro encontro desde a assinatura do acordo de paz mediado pelos Estados Unidos, em 27 de junho.
A reunião aconteceu na quinta-feira. Segundo nota oficial, o encontro criou a liderança do comitê conjunto de supervisão e aprovou os termos que guiarão seu trabalho. A meta é clara: garantir que os compromissos assumidos sejam cumpridos.
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Objetivo é monitorar o acordo e prevenir novas disputas
O comitê funcionará como um fórum de vigilância. Servirá para acompanhar a execução do pacto, resolver disputas e receber queixas sobre possíveis violações. Dessa forma, busca-se evitar o retorno da violência.
Estiveram presentes representantes dos Estados Unidos, do Catar e do Togo. Esses países participaram como observadores e atuaram anteriormente como mediadores em nome da União Africana.
Compromissos incluem paz, soberania e desarmamento
O pacto assinado pelos ministros das Relações Exteriores pede o fim das hostilidades e o respeito à integridade territorial da RDC. Além disso, exige o desarmamento de grupos armados e a adoção de medidas para estabilizar a região.
O presidente ruandês, Paul Kagame, garantiu que seu país respeitará os termos acordados. Já a ministra dos Negócios Estrangeiros da RDC, Thérèse Kayikwamba, reforçou que Kinshasa está focada em alcançar segurança, paz e desenvolvimento duradouro.
Mediadores internacionais são elogiados por ambas as partes
Segundo o comunicado final, tanto a RDC quanto Ruanda agradeceram o papel decisivo da União Africana, dos EUA e do Catar. Para os dois países, o apoio desses parceiros foi essencial para avançar no processo de pacificação.
Especialistas acreditam que o comitê conjunto poderá fortalecer a confiança entre as partes. No entanto, alertam que será preciso agir com firmeza para consolidar os ganhos e evitar retrocessos.