O Presidente da República, Daniel Chapo, afirmou em Madagáscar, durante a cimeira da SADC, que o Governo não pode aceitar tarifas que obriguem a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) a subsidiar a Mozal. Ele alertou para o risco de colapso da HCB e reforçou que proteger a empresa é essencial, pois é a “galinha de ovos de ouro” do país.
Além disso, a Mozal, que emprega cerca de 5.000 pessoas, anunciou cortes no investimento e na contratação de empreiteiros. A operação continuará apenas até março de 2026. A fornecedora australiana South32 dialoga com o Governo, a HCB e a sul-africana Eskom para garantir eletricidade suficiente durante este período.
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O Governo planeja que a EDM assegure o fornecimento de energia à Mozal. Além disso, pretende repatriar, a partir de 2030, a eletricidade atualmente exportada para a África do Sul. Com isso, espera aumentar a capacidade hidroeléctrica nacional em 2 GW até 2031.
Historicamente, contratos desfavoráveis limitaram a soberania económica de Moçambique. Por exemplo, a energia da HCB chega à África do Sul e retorna ao país mais cara, prejudicando a industrialização local.
Países como Noruega, Brasil e Botswana mostram que internalizar a produção e controlar recursos estratégicos gera crescimento sustentável. Portanto, a decisão de Chapo de proteger a HCB e condicionar o fornecimento à EDM fortalece a soberania energética e industrial de Moçambique.
Além disso, a medida cria espaço para negociar contratos futuros com multinacionais de forma mais vantajosa. Assim, o país reduz vulnerabilidades e gera mais valor nacional.
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