Moçambique inicia diálogo nacional para travar violência pós-eleitoral

Impacto das manifestações pós-eleitorais

As manifestações pós-eleitorais começaram em outubro de 2024 e duraram seis meses. Convocadas por Venâncio Mondlane, transformaram-se na onda mais violenta desde 1994.

Além disso, os protestos destruíram fábricas, escolas e serviços. Manifestantes vandalizaram 19 indústrias, 177 escolas e 1.677 estabelecimentos comerciais.

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Perdas económicas e sociais

A Confederação das Associações Económicas (CTA) calcula prejuízos de cerca de 504 milhões de dólares. Por conseguinte, o país perdeu mais de 17 mil empregos.

Além disso, o saldo humano é pesado: há mais de 300 mortos e milhares de feridos. Assim, a vida social e económica sofreu forte abalo.

Infraestruturas afetadas

Os manifestantes também atacaram a saúde e a energia. Destruíram 27 unidades sanitárias, 23 ambulâncias e 176 postos de rede eléctrica.

Ademais, danificaram 58 torres de comunicações, 293 edifícios públicos e centenas de veículos públicos e privados.

Lançamento do diálogo nacional

Nesta quarta-feira (10), em Maputo, o Presidente Daniel Chapo lança a fase de auscultação pública do diálogo nacional inclusivo. O evento resulta de um consenso com partidos signatários do Compromisso Político.

Além disso, o processo envolve a sociedade civil, partidos, academia e a diáspora. Assim, pretende ouvir vozes em todos os níveis do país.

Metodologia em três fases

Primeiro, a auscultação pública vai recolher contributos nos níveis distrital, provincial e central, além da diáspora. Depois, uma equipa técnica irá sistematizar o material recolhido.

Por fim, as propostas passarão pelo debate público e pela apreciação das lideranças partidárias. Depois, as iniciativas poderão seguir para a Assembleia da República.

Objetivos e desafios

O objectivo é construir consensos que reforcem a democracia e a coesão social. No entanto, o processo enfrenta desafios como a polarização e a quebra de confiança nas instituições.

Por isso, será crucial garantir transparência, prazos claros e participação efectiva da sociedade civil. Dessa forma, as recomendações terão maior legitimidade.

Perspectiva final

O diálogo abre uma janela para a reconciliação, mas dependerá da vontade política e da implementação prática. Assim, Moçambique pode transformar vozes em políticas que evitem novas ondas de violência.

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