Egito critica deslocamento “voluntário” de palestinos em Gaza
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O ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, afirmou no sábado que retratar o deslocamento de palestinos em Gaza como voluntário é “um absurdo”. Ele disse que a fome provocada pelo homem no enclave visa expulsar moradores de suas terras.
Abdelatty fez essas declarações em coletiva de imprensa conjunta com Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, após um novo apelo israelense para que moradores da Cidade de Gaza se dirigissem para o sul. Israel afirma que a saída seria “voluntária”, uma posição apoiada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que sugeriu que outros países deveriam receber os deslocados.
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Segundo Abdelatty, ele conversou na sexta-feira com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, para intensificar esforços na implementação de uma proposta de cessar-fogo. O ministro egípcio atribuiu a demora em alcançar um acordo à intransigência israelense.
Histórico de negociações
Em agosto, o Hamas aceitou um plano de trégua de 60 dias, que incluía a devolução de metade dos reféns mantidos em Gaza em troca da libertação de alguns prisioneiros palestinos. A proposta também previa suspensão das operações militares israelenses por 60 dias e uma estrutura para um acordo mais amplo visando encerrar o conflito.
Apesar da oferta, Netanyahu afirmou que Israel retomaria negociações para libertar todos os reféns e encerrar a guerra, mas apenas em condições aceitáveis para o país. A situação mantém-se tensa, com milhares de civis enfrentando deslocamento forçado e escassez de recursos no norte de Gaza.