Avanço militar
Israel disse nesta quinta-feira que controla 40% da Cidade de Gaza. O porta-voz militar Effie Defrin anunciou que as forças avançaram em Zeitoun e Sheikh Radwan. Ele garantiu que a operação será expandida nos próximos dias, até que todos os reféns sejam libertados e o governo do Hamas seja derrubado.
Mortes e destruição
Autoridades de saúde de Gaza confirmaram 53 mortes em um único dia, a maioria na Cidade de Gaza. Moradores relataram ataques em Zeitoun, Sabra, Tuffah e Shejaia. Tanques israelenses entraram em Sheikh Radwan, demolindo casas e incendiando acampamentos de tendas. Em Tuffah, oito pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após bombardeios em áreas residenciais.
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Colapso humanitário
Israel voltou a ordenar a evacuação da Cidade de Gaza. Pelo menos 70 mil pessoas tentaram fugir, mas milhares continuam no caminho dos tanques. Grupos humanitários alertam que este pode ser o deslocamento mais perigoso desde o início da guerra. Crianças e idosos enfrentam fome extrema. Autoridades locais relatam 370 mortes por desnutrição, incluindo 131 crianças, nas últimas semanas.
Pressões internas e externas
O chefe do Exército, Eyal Zamir, admitiu ao gabinete que Israel poderá impor um regime militar em Gaza na ausência de plano político. Parte da direita israelense defende até assentamentos na região, proposta rejeitada por Netanyahu até agora.
A ofensiva, iniciada em 10 de agosto, já atraiu críticas internacionais e expôs divisões dentro de Israel. Senadores democratas dos EUA, após visitar Gaza e Cisjordânia, acusaram o governo Netanyahu de “campanha de limpeza étnica em Gaza e limpeza étnica lenta na Cisjordânia”.
Contexto da guerra
O conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e levou 251 reféns. Desde então, mais de 63 mil palestinos foram mortos, a maioria civis, segundo autoridades de saúde locais. A destruição generalizada, a fome e a falta de perspectivas para um cessar-fogo aumentam a pressão sobre a comunidade internacional.