Moçambique intensificou a resposta ao surto de mpox com uma estratégia centrada na testagem local e numa rede laboratorial ativa em todas as províncias. A autoridade sanitária disponibilizou 4.000 testes e garantiu respostas rápidas para casos suspeitos. Desde o início do surto no distrito de Lago, província do Niassa, o país confirmou 13 infeções. Todos os pacientes apresentam um quadro clínico estável.
Autoridades coordenam resposta com foco na rapidez
Filipe Murimirgua, coordenador do Centro Operativo de Emergências em Saúde Pública (COESP), afirmou que o país está mais organizado do que no surto de 2022. Ele destacou a deteção precoce e a colaboração com países vizinhos, como o Maláui. Esse apoio foi crucial para identificar os primeiros casos.
Jogue no Placard e transforme os seus palpites em prémios reais.
Rede laboratorial cobre todo o território nacional
O Governo descentralizou a capacidade de testagem, permitindo diagnósticos em todas as capitais provinciais. Essa medida acelera a resposta e melhora o controlo. Apesar disso, Murimirgua apontou que muitos laboratórios ainda operam abaixo da sua capacidade. No entanto, todas as amostras continuam a ser testadas com prazos reduzidos para entrega dos resultados.
Campanhas de sensibilização ganham urgência
A resposta técnica avança, mas a informação pública ainda é limitada. Em Maputo, a mais de 2.000 km do foco do surto, muitos desconhecem os modos de transmissão. Esse desconhecimento afeta principalmente idosos e populações rurais. Muitas pessoas ainda associam prevenção a práticas tradicionais.
Colaboração da comunidade será decisiva
As autoridades enfrentam dificuldades para garantir o isolamento de casos positivos. Como os sintomas são ligeiros, muitas pessoas continuam a circular nas comunidades. Isso aumenta o risco de novos contágios. Ainda assim, Murimirgua acredita na capacidade do país para conter o surto. Para isso, considera essencial o apoio da população.
Líderes comunitários estão a organizar espaços para isolamento em casa e nas unidades de saúde. Em paralelo, decorrem campanhas de comunicação sobre sintomas, riscos e medidas de prevenção. A cooperação local tem sido um pilar na estratégia nacional.
Vigilância intensificada após alerta internacional
A mpox é uma doença zoonótica que se transmite entre humanos. Em 2025, a África Austral já registou 77.458 casos e 501 mortes. A Organização Mundial da Saúde declarou novamente estado de emergência internacional em agosto de 2024. Desde então, Moçambique reforçou a vigilância e ativou protocolos sanitários nas zonas mais vulneráveis.