Sul-africanos exigem embargo de carvão a Israel
Milhares de sul-africanos saíram às ruas na quinta-feira para exigir um embargo total às exportações de carvão para Israel. Os manifestantes afirmam que o combustível ajuda a sustentar a ofensiva militar em Gaza.
Os protestos ocorreram em Pretória, Durban e Cidade do Cabo. Em cartazes, acusaram a gigante Glencore de manter a rede elétrica de Israel e, por consequência, alimentar o seu exército de alta tecnologia.
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Um representante do Media Review Network disse que é “chocante” ver carvão sul-africano a alimentar o que classificou como massacre de palestinos. Ele defendeu que o governo deve alinhar a sua política externa ao discurso de defesa dos direitos humanos.
Líderes sindicais também criticaram a “hipocrisia” do executivo. Eles lembraram que a África do Sul processa Israel no Tribunal Internacional de Justiça por genocídio, mas continua a permitir negócios estratégicos com Tel Aviv.
A pressão cresce num momento em que o Tribunal Penal Internacional já emitiu mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant. Além disso, o presidente colombiano Gustavo Petro ameaçou rever contratos da Glencore se a empresa insistir em vender carvão a Israel.
Agora, o governo sul-africano enfrenta um dilema. Se avançar com o embargo, poderá reforçar a sua imagem internacional. Mas, se recuar, corre o risco de perder credibilidade junto da sua população e da comunidade global.