Uganda aceitará temporariamente cidadãos de terceiros dos EUA
O governo de Uganda confirmou que receberá alguns cidadãos de países terceiros que não se qualificam para asilo nos Estados Unidos e não querem retornar aos seus países de origem.
O acordo temporário exclui pessoas com antecedentes criminais e menores desacompanhados. Além disso, cidadãos africanos terão prioridade na seleção, informou Vincent Bagiire Waiswa, secretário permanente do Ministério das Relações Exteriores.
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Embora na quarta-feira uma autoridade de relações exteriores tenha afirmado que Uganda não tinha acordo nem estrutura para receber deportados, a declaração de quinta-feira esclareceu que a aceitação será limitada e condicional, com detalhes ainda em negociação.
O anúncio surge em meio à pressão do governo norte-americano para deportar milhões de imigrantes irregulares, incluindo a transferência de criminosos condenados para países africanos como Sudão do Sul e Eswatini.
Uganda já abriga quase dois milhões de refugiados, principalmente do Sudão do Sul, Sudão e República Democrática do Congo. As autoridades não especificaram datas ou números sobre a implementação do novo acordo.
Especialistas apontam que, apesar de Uganda ter experiência em acolher refugiados, a medida representa um desafio logístico e político. Aceitar cidadãos de terceiros sob pressão internacional pode gerar tensões internas e afetar a capacidade de atender a população refugiada atual.