Vendedores de Massinga arriscam-se nas ruas para garantir sustento
Na Vila de Massinga, em Inhambane, centenas de vendedores continuam a trabalhar na berma da Estrada Nacional Número Um (EN1), apesar dos riscos de atropelamento e acidentes. As bancas improvisadas vendem frutas, legumes, roupas, peixe seco, carvão e pequenos eletrodomésticos, disputando espaço com veículos de transporte e pesados.
Elisa José, vendedora há cinco anos na estrada, afirma que o movimento constante de clientes justifica a permanência no local, mesmo diante do perigo. Ramalho Cossa confirma que a EN1 é o espaço mais rentável, apesar dos alertas da Polícia Municipal.
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As autoridades locais reconhecem os riscos e destacam que a solução não passa apenas por ações policiais, mas por mudar mentalidades. Segundo o edil Rodrigues Zunguze, Massinga dispõe de vários mercados, como o Sete de Setembro, Novo e Grossista, que poderiam ser utilizados pelos comerciantes, aproximando produtos e compradores e descongestionando a estrada.
Em 2020, uma tentativa de retirar os vendedores resultou em confrontos com a Polícia, mostrando que a imposição sem diálogo dificilmente resolve o problema. A situação evidencia o dilema entre a necessidade de sobrevivência dos vendedores e a organização urbana e segurança rodoviária.
Enquanto não houver equilíbrio entre as exigências do ordenamento urbano e a sobrevivência diária, a EN1 continuará a ser palco de convivência forçada e arriscada entre vendedores e viaturas, onde a linha entre sustento e tragédia permanece ténue.