
Campanha em Nampula
O médico-cirurgião moçambicano Igor Vaz garantiu hoje, em Nampula, que a fístula obstétrica é prevenível. Para isso, as grávidas devem seguir as orientações sanitárias e frequentar consultas pré-natais.
Além disso, Vaz lidera uma equipa composta por cirurgiões moçambicanos, um nigeriano e um malgaxe. Durante cinco dias, eles pretendem operar cerca de 170 mulheres no Hospital Central de Nampula.
Prevenção e tratamento
Segundo o especialista, a doença pode ser evitada quando as gestantes recebem acompanhamento regular. Nos casos de risco, o encaminhamento imediato para hospitais com capacidade cirúrgica garante soluções seguras.
“Estas regras existem desde a independência. Se forem cumpridas, acabamos com as fístulas”, sublinhou Vaz. Assim, ele apelou ao cumprimento das recomendações médicas depois das cirurgias.
Apoio institucional
A pediatra Nazira Abdula, esposa do governador de Nampula, visitou o hospital para acompanhar a campanha. Ela defendeu maior regularidade nestas acções e destacou a necessidade de combater o estigma que afeta as doentes.
Por outro lado, Abdula reforçou que a prevenção deve incluir o combate às uniões prematuras e gravidezes precoces. “Queremos que as comunidades tragam estas mulheres para tratamento e não as isolem”, disse.
Esforços conjuntos
A campanha conta com apoio da Fundação Fístula, através da ONG Focus Fístula, em cooperação com o Ministério da Saúde. A instituição apoia projectos similares em 35 países.
Por fim, Bwalya Chomba, da Fundação Fístula, destacou: “Quando tratamos uma mulher, mudamos o mundo dela, da família e da comunidade”.
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