
Estudo alerta para aumento da hipertensão em mulheres moçambicanas
Um estudo recente aponta para o crescimento dos casos de hipertensão entre mulheres moçambicanas em idade reprodutiva. A investigação foi conduzida pelo Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) em parceria com instituições internacionais.
No total, foram avaliadas mais de 8.500 mulheres em Moçambique, Gâmbia e Quénia. Os resultados revelam que 10,4% das moçambicanas não grávidas em idade fértil sofrem de hipertensão confirmada, uma taxa superior à registada no Quénia (4,6%) e próxima da da Gâmbia (9,3%).
O estudo destaca ainda a falta de diagnóstico. Apenas 4,2% das mulheres disseram sofrer de hipertensão, mas 17% apresentaram pressão arterial elevada. Isso mostra que muitas desconhecem o problema ou nunca receberam diagnóstico formal.
A hipertensão é hoje um dos principais factores de risco para doenças cardiovasculares em África. Em Moçambique, estima-se que 30% dos adultos possam ser hipertensos, com maior incidência nas zonas urbanas. Entre as mulheres, o risco é agravado, já que durante a gravidez a doença pode evoluir para complicações graves como a pré-eclâmpsia, colocando em risco a vida da mãe e do bebé.
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