Primeiro comboio de repatriados
Ruanda acolheu na segunda-feira o primeiro grupo de 533 cidadãos repatriados da RDC. O regresso acontece no âmbito de um novo acordo assinado entre Kigali, Kinshasa e a agência da ONU para refugiados. As autoridades destacaram que o processo segue princípios de segurança e voluntariedade.
Perfil dos regressados
A maioria dos repatriados é composta por mulheres e crianças. Após atravessarem a fronteira, as famílias seguiram para um centro de trânsito no distrito de Rusizi, no oeste de Ruanda. De lá, segundo o Ministério de Gestão de Emergências, elas serão gradualmente reintegradas às comunidades locais.
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Contexto no leste da RDC
O grupo vivia em condições precárias num campo temporário em Goma, área atualmente sob domínio do grupo rebelde M23. Essa situação aumentava os riscos de insegurança e exploração, o que reforçou a urgência do processo de repatriamento.
Reação política
O ministro das Relações Exteriores de Ruanda, Olivier Nduhungirehe, comemorou a chegada do comboio. Num post no X, ele afirmou que, apesar das críticas externas, os cidadãos “antes mantidos reféns pelas FDLR” continuam a regressar ao país. A declaração mostra que Kigali pretende usar os retornos também como sinal político.
Próximos passos
No mês passado, Ruanda e Congo assumiram um compromisso para garantir repatriamentos seguros e voluntários, como parte de um esforço diplomático mais amplo que inclui mediação dos EUA e um acordo assinado em Doha entre Kinshasa e o M23. As autoridades ainda não divulgaram um calendário para novos comboios, mas confirmaram que o processo continuará sob monitoria do ACNUR.