Erro grave do SERNIC expõe artista
O artista moçambicano conhecido como Dólar denunciou que a sua fotografia foi usada indevidamente pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC). A imagem apareceu associada a António Francisco Macamo, também chamado “Dólar Man”, morto na África do Sul por alegado envolvimento em raptos.
A confusão causou constrangimento público. Familiares e amigos do artista chegaram a acreditar que se tratava da mesma pessoa. Nas redes sociais, circularam mensagens que reforçaram o erro e aumentaram o impacto negativo.
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Fotografia usada em site oficial
Segundo o artista, o problema não começou agora. A sua imagem já vinha sendo associada a crimes desde o ano passado. O SERNIC chegou a incluir a fotografia na secção de “Procurados” do seu site oficial, identificando-o como se fosse o referido “Dólar Man”.
Após a morte de António Francisco Macamo, o SERNIC retirou a imagem do portal. No entanto, não apresentou qualquer explicação pública sobre o engano. A página da instituição aparece agora apenas com a mensagem “em actualização”.
Questões legais em debate
O jurista Paulino Cossa considera o episódio uma clara violação dos direitos fundamentais. Para ele, houve uma ofensa ao bom nome e à imagem do artista. O especialista sublinha que o cidadão pode processar o Estado pelos danos causados.
“Trata-se de uma violação flagrante que compromete a reputação de um inocente. O caso pode abrir espaço para responsabilidade civil e criminal”, alertou.
Silêncio compromete credibilidade
Até agora, o SERNIC não se pronunciou sobre o caso. O silêncio da instituição aumenta a desconfiança pública e mina a credibilidade de uma entidade que deveria proteger a verdade e investigar crimes com rigor.
O caso mostra como erros de identificação podem arruinar a reputação de inocentes. Além disso, reforça a necessidade de maior responsabilidade e transparência nas instituições que lidam com a justiça.